sábado, 28 de março de 2009

Vitrola a diesel


Quem disse que a vitrola da minha vó funcionava?
Queria ouvir tangos do mofo e alcaxofras no ralo, mas isso tudo se desentupia no batuque do meu ovo.
E eu estava sempre lá, a colher oxigênio pro meu cérebro esquerdo, fabricando botões e amaciantes enquando colocava aquele bolachão com os maiores hits de Dom Pedro I e Rita de Sá... na batata da unha roseira que todavia rolava pó e mini-saia barulhentas, de pipoca no rego colei meu velcro, mas a santa da varginha era ETê.
Vão todos vocês pastando boldo na frigideira do bolero, cantando vidros que já não sobem mais, fundando mesas nos latrilhos do mumbar e xavecando a minha tia-prima-avó, cunhada do meu tatará-trigos de panela.
Isso tudo pra ouvir uma vitrola enferrujada que não usa manivela, que não tem vida própria e nem cabos de energia para fungos monetários sadios, mas que vive de forma extremamente extrema, numa extremidade extra da ex-força embutida em si... em lá... e em dó maior... menos as consoantes, mas os agudos me deixam gay. Vô contar pro meu vô.
E qual é sua inspiração? ... o disco de vinyl
Qual seu marca-passo? ... o aste flutuante
E qual é sua vida? ... o óleo diesel
Que te faz mover pela culatra, ó grande e sonorenta vitrola à diesel!!!
Grande descoberta depois do total-flex, feito para combustíveis variáveis em automotivos e pintos altamente destrutíveis.
Falem por você, eu não provo nada mas eu passo 18 horas ouvindo bettoveen no óleo diesel.
É cheiro de queimado? Sim, com certeza! Mas na vitrola eu me garanto...

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